A importância do financiamento para fortalecer a Atenção Primária à Saúde (APS), foi abordada por Claudia Pescetto, Economista Sênior da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), durante sua palestra no seminário Financiamento do SUS: Equidade, Acesso e Qualidade, realizado pelo Observatório do SUS em parceria com a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) em setembro de 2023, na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz).
Abrindo os trabalhos da segunda mesa do seminário, que teve como tema ‘A alocação de recursos como estratégia indutora da reorientação do modelo assistencial do SUS’, a economista destacou a importância do financiamento para fortalecer a APS como uma ferramenta eficaz de política para melhorar os resultados de saúde, reduzir a mortalidade, os custos e, também, o que se denomina por gasto evitável. Isso se refere, por exemplo, à limitação de hospitalizações desnecessárias e visitas às unidades de emergência.
Claudia revisou ainda dinâmicas e desafios do sistema atual para enfatizar a necessidade de uma abordagem holística, com recursos sustentáveis e priorização da APS, enfrentando questões como descentralização, coordenação financeira e a integração de serviços. De acordo com ela, a proposta do financiamento deve ter uma gestão eficaz para promover a saúde integral e criar sistemas resilientes.